Geo UERJ A Geo UERJ é uma publicação semestral do Programa de Pós-Graduação em Geografia e do Instituto de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro que publica trabalhos inéditos de revisão crítica, resultados de pesquisas de natureza empírica, experimental ou conceitual sobre temas pertinentes à Geografia e áreas afins. Busca fomentar o intercâmbio de experiências em sua especialidade com outras Instituições, nacionais ou estrangeiras, que mantenham publicações congêneres, além de defender e respeitar os princípios do pluralismo de ideias filosóficas, políticas e científicas.
e-ISSN: 1981-9021 | ISSN: 1415-7543 | Ano de criação: 1997 - impresso, 2006 - eletrônico | Área do conhecimento: Geografia | Qualis: A1 (Geografia)
- ABORDAGEM DE NOMES GEOGRÁFICOS COMO FÓSSEIS LINGUÍSTICOS DE NOMES DE LOGRADOUROS NO CENTRO DA CIDADE DO RIO DE JANEIROpor Talita da Silva Cordeiro Rios el noviembre 17, 2023 a las 3:00 am
A nominação de lugares acompanha a atividade humana desde tempos imemoriais. A nomeação de seres humanos e dos lugares permite sua individualização e consequente identificação unívoca, constituindo um plano fundamental do processo de desenvolvimento da sociedade atual, o estudo e conhecimento das cidades. O crescimento exponencial dos centros urbanos torna indispensável uma reflexão sobre o seu passado e evolução presente, bem como a compreensão aprofundada sobre os elementos dinâmicos que podem assegurar a sua continuidade futura. Partindo-se do conceito de fóssil linguístico, esse estudo teve como objetivo avaliar a evolução de alguns topônimos pertencentes a um recorte territorial do centro da cidade do Rio de Janeiro, bem como as modificações de denominação da geonímia ao longo da linha do tempo. A metodologia envolveu: 1) pesquisa em documentos históricos de nomes geográficos de logradouros; 2) definição do recorte temporal; 3) levantamento de amostra de endereços; e 4) levantamento cartográfico dos endereços antigos; 5) levantamento da legislação pertinente. Os resultados mostraram que as ruas passaram por importantes alterações ou permanências de nomes geográficos, sendo as escolhas representativas da mentalidade dos ocupantes, demonstrando a real possibilidade da utilização de nomes geográficos como verdadeiros fósseis linguísticos.
- EU ESTAVA AQUI O TEMPO TODO E SÓ VOCÊ NÃO VIU: A GEOMORFOLOGIA NO MINECRAFT COMO RECURSO NO ENSINO BÁSICOpor ARMANDO BRITO DA FROTA FILHO el noviembre 10, 2023 a las 3:00 am
O artigo versa sobre o uso de jogos eletrônicos como ferramenta para o ensino de geografia física, como disciplinas de Geomorfologia. Assim, os objetivos foram: 1) Discutir a utilização de jogos comerciais no processo de ensino-aprendizagem e sua importância no ensino de Geografia e Geografia Física; 2) Caracterizar o potencial do Minecraft como recurso metodológico; 3) Elaborar uma proposta didática associando o uso do Minecraft com conceitos de Geomorfologia, a partir do sexto ano do Ensino Fundamental vinculado às competências e habilidades da BNCC. Para tanto, a metodologia consistiu em um levantamento e revisão de literatura sobre os temas de Geografia Escolar, Geografia de jogos e Ensino de Geografia Física, o uso da matriz FOFA/SWOT para caracterizar os pontos fortes, fracos, ameaças e oportunidades do Minecraft como ferramenta educacional. Como resultado, destaca-se que os jogos são ferramentas que podem desenvolver alunos-jogadores e alunos-protagonistas no ensino, além de proporcionar ludicidade a temas mais difíceis. Outra questão observada é a possível dificuldade de alunos e professores em relação ao uso das tecnologias. E o professor faz parte do processo, sendo tanto o idealizador e quem contextualiza a proposta para a escola, quanto um mediador no processo de ensino-aprendizagem. O Minecraft como recurso voltado para a Geografia é uma ferramenta preciosa, com possibilidades que não se limitam ao conteúdo do sexto ano, ou temas voltados à geomorfologia, porém deve estar associado à parte teórica da aula e ao cotidiano.
- CLIMA E PERCEPÇÃO AMBIENTALpor Thiago Duarte el noviembre 10, 2023 a las 3:00 am
O município sergipano de Barra dos Coqueiros, devido ao clima tropical quente e úmido, apresenta ocorrência de eventos pluviais extremos concentrados no outono e no inverno. Como consequência, as precipitações produzem pontos de alagamento pelo sítio urbano associado à topografia relativamente plana. Diante dessa situação, oriunda da urbanização e das falhas na rede de drenagem (fator que impede o escoamento do acumulado de chuva), a população se expõe aos riscos híbridos que se intensificam nos espaços socialmente vulneráveis e fisicamente suscetíveis, ocupados por aqueles habitantes de menor padrão socioeconômico. Nesse contexto, o objetivo do trabalho é ressaltar a percepção ambiental apreendida pelos moradores barracoqueirenses quanto à problemática por eles vivenciada. Para atingir o objetivo e alcançar os resultados, buscou-se fazer uso de metodologia quali-quantitativa cuja abordagem fenomenológica se deu por meio da análise das respostas obtidas com a aplicação de questionários semiestruturados.
- ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A GESTÃO PARTICIPATIVA: EXPERIÊNCIAS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO, BRASILpor Maria do Socorro Ferreira da Silva el noviembre 10, 2023 a las 3:00 am
Esse ensaio visa contextualizar a importância de estratégias de Educação Ambiental (EA) na gestão ambiental participativa de Unidades de Conservação (UCs) a partir de ações realizadas no âmbito nacional. A pesquisa partiu de uma reflexão teórico-metodológica, com levantamento bibliográfico e documental a partir da análise sistematizada acerca de estratégias de EA no país. Embora sejam realizadas várias estratégias de EA no país, como resultado de um esforço dos gestores e analistas para promover a participação da comunidade na gestão e conservação dos recursos naturais nas UCs, evidenciou-se que há dificuldades para a continuidade efetiva e para sistematização e divulgação das ações desenvolvidas. As estratégias são importantes, porém, é preciso avançar na EA crítica com viés para a gestão participativa, pois percebe-se que parte das atividades ainda está arraigada a uma concepção conservadora de EA que prima pela mudança de comportamento individual. No tocante a sistematização e divulgação é importante incluir os atores sociais envolvidos, os conflitos socioambientais, as estratégias, o objetivo, o meio de divulgação e os resultados alcançados. A EA crítica pode contribuir para: a mediação dos conflitos; a conservação da biosociodiversidade; o protagonismo dos grupos vulneráveis e sua participação na tomada de decisão.
- VEJA, ILUSTRE PASSAGEIRO:por Adriene dos Santos Duarte el octubre 24, 2023 a las 3:00 am
Com o avanço tecnológico a história tem sido beneficiada em diversas áreas que envolvem o âmbito da geoinformação, como a cartografia histórica. O aprimoramento das ferramentas computacionais, envolvendo tempos remotos, permite desenvolver metodologias capazes de recuperar e processar informações existentes em documentos cartográficos históricos como plantas e/ou mapas antigos. Desta forma, este trabalho, tem como objetivo principal a reconstrução do traçado das linhas das primeiras companhias de bondes atuantes na cidade do Rio de Janeiro, na tração animal, apresentando uma proposta de criação de uma base cartográfica em meio digital a partir do georreferenciamento de mapas e/ou plantas históricas. Como objetivos secundários, efetuar a reconstrução histórica das informações sobre os itinerários das companhias de bondes desta época marcante, com o intuito de preservar o patrimônio histórico cartográfico da fase da história da mobilidade urbana e posteriormente disponibilizar os resultados para futuros trabalhos e para uso público. O resultado demonstra de forma expressiva o ganho de informações cartográficas em épocas pretéritas, permitindo assim o resgate do marco histórico dos meios de transporte na cidade e proporcionando o aperfeiçoamento de metodologias envolvendo o âmbito da cartografia histórica.