Este artigo tem por objetivo elucidar os interesses geoeconômicos chineses na América Latina e Caribe (ALC), focando na atuação da China na Guiana. Apesar de sua forte tradição sindicalista e anseios anti-imperialistas, a Guiana permaneceu dependente e suscetível a interesses externos mesmo após sua independência tardia em 1966. A descoberta de reservas de petróleo na região de Essequibo pelo consórcio sino-americano, em 2015, exacerbou a disputa com a Venezuela e evidenciou os interesses da China na região. As análises sobre a Guiana são escassas, e estudos sobre a presença da China na ALC tendem a focar na substituição dos EUA pela potência asiática. Este artigo busca sanar essa lacuna e apresentar uma perspectiva contrária à ideia de substituição de hegemonias. A análise é realizada por meio de revisão bibliográfica e coleta de informações em bases como AidData, American Enterprise Institute, FMI, SIPRI e Trade Map. Defende-se que a simbiose financeira entre empresas ocidentais e chinesas na Guiana refuta o argumento de disputa geoeconômica de soma zero entre EUA e China, demonstrando um jogo geoeconômico de soma positiva no país sul-americano.
Este artigo tem por objetivo elucidar os interesses geoeconômicos chineses na América Latina e Caribe (ALC), focando na atuação da China na Guiana. Apesar de sua forte tradição sindicalista e anseios anti-imperialistas, a Guiana permaneceu dependente e suscetível a interesses externos mesmo após sua independência tardia em 1966. A descoberta de reservas de petróleo na região de Essequibo pelo consórcio sino-americano, em 2015, exacerbou a disputa com a Venezuela e evidenciou os interesses da China na região. As análises sobre a Guiana são escassas, e estudos sobre a presença da China na ALC tendem a focar na substituição dos EUA pela potência asiática. Este artigo busca sanar essa lacuna e apresentar uma perspectiva contrária à ideia de substituição de hegemonias. A análise é realizada por meio de revisão bibliográfica e coleta de informações em bases como AidData, American Enterprise Institute, FMI, SIPRI e Trade Map. Defende-se que a simbiose financeira entre empresas ocidentais e chinesas na Guiana refuta o argumento de disputa geoeconômica de soma zero entre EUA e China, demonstrando um jogo geoeconômico de soma positiva no país sul-americano. Read More