Esse artigo analisa a relação entre a gestão de recursos naturais compartilhados, projetos de infraestrutura e integração regional na Bacia Amazônica, tomando como referência as experiências da Bacia do Prata. O objetivo é compreender de que forma a governança das águas transfronteiriças e o desenvolvimento de infraestruturas podem contribuir para a construção de uma agenda de cooperação robusta entre os países amazônicos. A pesquisa adota uma metodologia de análise histórico-comparada, utilizando fontes primárias – como documentos oficiais e relatórios institucionais – e secundárias, especialmente literatura acadêmica. A análise mostra que, ao contrário da Bacia do Prata, onde a cooperação em torno das águas e das infraestruturas gerou interdependência e culminou na criação de arcabouços institucionais como o CIC, a Bacia Amazônica apresenta uma trajetória marcada por tensões em torno da soberania e baixa institucionalização da cooperação. Conclui-se que as experiências da Bacia do Prata podem orientar o fortalecimento da OTCA e o avanço de uma agenda regional amazônica integrada e sustentável, conforme recentemente sugerido pela Declaração de Belém.
Esse artigo analisa a relação entre a gestão de recursos naturais compartilhados, projetos de infraestrutura e integração regional na Bacia Amazônica, tomando como referência as experiências da Bacia do Prata. O objetivo é compreender de que forma a governança das águas transfronteiriças e o desenvolvimento de infraestruturas podem contribuir para a construção de uma agenda de cooperação robusta entre os países amazônicos. A pesquisa adota uma metodologia de análise histórico-comparada, utilizando fontes primárias – como documentos oficiais e relatórios institucionais – e secundárias, especialmente literatura acadêmica. A análise mostra que, ao contrário da Bacia do Prata, onde a cooperação em torno das águas e das infraestruturas gerou interdependência e culminou na criação de arcabouços institucionais como o CIC, a Bacia Amazônica apresenta uma trajetória marcada por tensões em torno da soberania e baixa institucionalização da cooperação. Conclui-se que as experiências da Bacia do Prata podem orientar o fortalecimento da OTCA e o avanço de uma agenda regional amazônica integrada e sustentável, conforme recentemente sugerido pela Declaração de Belém. Read More