Perspectivas de agricultores familiares quilombolas sobre o fornecimento de produtos para a alimentação escolar

Objetivo: Analisar as percepções de uma comunidade quilombola, situada no litoral do estado de Santa Catarina/Brasil, sobre o fornecimento de alimentos para a alimentação escolar. Métodos: Abordagem etnográfica realizada na Comunidade Quilombola do Morro do Fortunato. Baseou-se em observação participante e aplicação de entrevistas semiestruturadas e informais com produtores quilombolas; moradores e representantes da comunidade. Os dados foram transcritos e analisados a partir da hermenêutica de Geertz. Resultados: No Morro do Fortunato, a compra pública de alimentos da agricultura familiar para o PNAE tem permitido um retorno gradual da agricultura como alternativa econômica a ocupações pouco valorizadas e mal remuneradas. As dinâmicas envolvidas nesse processo apontam garantia de autonomia, dignidade e cidadania, principalmente entre as mulheres. No entanto, há impasses, como atrasos no pagamento, problemas com espaço físico, dificuldades no atendimento da demanda e entressafras. Conclusões: Os impactos do fornecimento para o PNAE superam a dimensão estritamente econômica e são, nesta perspectiva, dificilmente traduzíveis em números, revelando o empoderamento de homens e mulheres quilombolas, sua agência e protagonismo.

​Objetivo: Analisar as percepções de uma comunidade quilombola, situada no litoral do estado de Santa Catarina/Brasil, sobre o fornecimento de alimentos para a alimentação escolar. Métodos: Abordagem etnográfica realizada na Comunidade Quilombola do Morro do Fortunato. Baseou-se em observação participante e aplicação de entrevistas semiestruturadas e informais com produtores quilombolas; moradores e representantes da comunidade. Os dados foram transcritos e analisados a partir da hermenêutica de Geertz. Resultados: No Morro do Fortunato, a compra pública de alimentos da agricultura familiar para o PNAE tem permitido um retorno gradual da agricultura como alternativa econômica a ocupações pouco valorizadas e mal remuneradas. As dinâmicas envolvidas nesse processo apontam garantia de autonomia, dignidade e cidadania, principalmente entre as mulheres. No entanto, há impasses, como atrasos no pagamento, problemas com espaço físico, dificuldades no atendimento da demanda e entressafras. Conclusões: Os impactos do fornecimento para o PNAE superam a dimensão estritamente econômica e são, nesta perspectiva, dificilmente traduzíveis em números, revelando o empoderamento de homens e mulheres quilombolas, sua agência e protagonismo. Read More

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